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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ricardo Coutinho, prefeito de João Pessoa: “O nosso desafio é dar continuidade às políticas públicas e ampliá-las”


O socialista Ricardo Coutinho foi reeleito, em primeiro turno, como prefeito da capital paraibana, João Pessoa, com mais de 73% dos votos válidos. Foram 262.041 eleitores que confirmaram, nas urnas, o êxito alcançado em sua primeira gestão. “O nosso desafio é dar continuidade às políticas públicas e ampliá-las e, ao mesmo tempo, estabelecer um fôlego novo dentro do governo”, afirma o político, que se transformou em uma referência em gestão pública municipal.

Em entrevista à repórter Priscila Rocha do Portal PSB, Coutinho fala sobre a crise financeira mundial, seus impactos nos estados e como enfrentar os desafios por ela impostos em sua nova gestão.

Portal PSB Nacional: Como a prefeitura de João Pessoa vai encarar a crise mundial em 2009?
Prefeito Ricardo Coutinho: Eu acho que é uma crise típica do capitalismo. Uma crise espasmódica, que acontece a cada período do desenvolvimento do capitalismo, e que é promovida hoje por uma chantagem dessa coisa virtual chamada capital financeiro.

A grande questão é que a produção se achata profundamente. Você tem um desvio de recursos que saem da produção para o sistema financeiro.

Eu hoje não tenho como dizer qual vai ser o impacto real e completo [da crise] numa prefeitura como João Pessoa ou em qualquer prefeitura em qualquer Estado. O que eu posso dizer, por exemplo, é que a média mensal de venda de veículos na cidade de João Pessoa, que tem 700 mil habitantes, é de 1.800 veículos novos por mês. Em novembro foram vendidos mil veículos, um recuo de praticamente 45%.

Com isso, todos os outros setores apontam para uma retração na economia que vai diminuir naturalmente os recursos, principalmente o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o ICMS, que são as duas principais receitas dos municípios brasileiros.

Estamos nos preparando para trabalhar com isso porque a crise você enfrenta antes e enquanto está forte porque depois que você for engolido por ela, não terá mais capacidade de reação e será levado por ela.

Estamos cortando gastos porque infelizmente o setor público brasileiro gasta muito mal, tem pouca utilização dos recursos implantados. Nós estamos criando ou investindo em formulações de intervenções dentro da Prefeitura que possam praticar, de uma forma muito mais ágil e profunda, uma coisa chamada intersetorialidade das ações, ou seja, juntando secretarias não no organograma, mas na prática para diminuir esses custos e, ao mesmo tempo, com muito cuidado na folha de pessoal.

Estamos trabalhando e queremos diminuir os custos da Prefeitura, principalmente com energia, telefonia, locação de veículos e água, que são muito altos e numa época em que expandimos os serviços públicos. Para se ter uma idéia, em quatro anos, construímos oito escolas de grande porte, todas com recursos próprios. Também construímos um hospital novo – fruto de convênio com o governo federal. Abrimos um outro que estava sendo fechado, além de ter feito reformas e ampliações no restante da rede hospitalar.

Portanto, investimos demais o nosso serviço e agora não dá para voltar atrás. Temos que gastar menos, assegurar os serviços e continuar ampliando-os, porque a população precisa principalmente nas áreas sociais.

Portal: Dentro do tema políticas públicas, quais seus principais projetos para a capital paraibana em 2009?

Coutinho: Primeiro é um governo de continuidade das políticas públicas. A população achou importante o que nós implementamos durante nos últimos quatro anos. Fomos reeleitos em uma capital muito disputada, onde tivemos 75% da votação. Portanto, há aprovação daquilo que fizemos.

O nosso desafio é dar continuidade a essas políticas e ampliá-las e, ao mesmo tempo, estabelecer um fôlego novo dentro do governo. Nós não podemos começar a gestão com cansaço, mas sim com uma equipe que olhe para a construção de políticas públicas. Precisamos trabalhar e fazer com que as coisas aconteçam. Então, nós estamos fazendo as acomodações necessárias.


A novidade que vamos estabelecer será a criação, dentro da área social, de um gabinete integrado para praticar a intersetoriedade para atuar nas zonas de interesses sociais. Nós queremos urbanizar e reduzir as favelas a partir de ações conjuntas das diversas secretarias. Vamos juntar as secretarias de infraestrutura, colocar a educação para trabalhar a questão do analfabetismo e evasão escolar, ou seja, criaremos um gabinete que é uma reunião de secretarias para agir conjuntamente de uma forma permanente.

Essa é uma novidade que estamos experimentando agora e que tenho certeza absoluta que trará resultados cada vez mais importantes para a população de João Pessoa.

Portal: Como foi o crescimento do PSB da Paraíba nessa última eleição municipal?

Coutinho: Crescemos muito. Mas acho que o principal neste processo é que o Partido Socialista Brasileiro ganhe identidade.

O Partido não é uma sigla de aluguel e hoje o PSB é uma legenda que senta de igual para igual com todas as forças políticas. Nós não somos submissos absolutamente a ninguém e também não queremos passar por cima de quem quer que seja. Tratamos aliados de forma educada, respeitosa, exigindo o retorno disso. Isso se expressa no fato do Partido ter eleito, na Paraíba, 13 prefeitos. Em 2000 elegeu um, em 2004, cinco e agora elegemos 13, inclusive com a reeleição na capital, na principal cidade do litoral Norte, que é Mamanguape, e na principal cidade do sertão, Cajazeiras. O Partido se espalhou bem pelo Estado. Elegemos 125 vereadores e 25 vice-prefeitos. Para nós foi um resultado extremamente significativo e o principal, buscando jamais perder as ligações com os movimentos sociais. O Partido está engajado com os principais movimentos. Eu acho que é um bom momento para o PSB.

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