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quinta-feira, 29 de março de 2012

Administração socialista realiza sonho da casa própria de mais 584 famílias e entrega Residencial Anayde Beiriz



A Prefeitura Municipal de João Pessoa vai realizar o sonho da casa própria de 584 famílias e levar alegria para as 1.324 pessoas que vão residir no Residencial Anayde Beiriz a partir desta quinta-feira (29), quando receberão das mãos do prefeito Luciano Agra (PSB) as chaves dos imóveis. A solenidade acontece a partir das 9hs no próprio residencial, situado na Avenida das Indústrias, s/n, Bairro das Indústrias, zona oeste da Capital.

O empreendimento habitacional, iniciado em 2008 com recursos do programa "Minha Casa. Minha Vida”, é dotado de infraestrutura e custou aos cofres públicos R$ 19.661.109,39. Dotado de muitos equipamentos comunitários, o residencial está próximo ao Centro de Referência em Educação Infantil (Crei), três escolas municipais, uma estadual, uma profissionalizante (Senai), a Praça Maria Bronzeado, bem como ao Mercado Publico de Oitizeiro, de supermercado e de várias indústrias.

A população beneficiada vai contar também com seis unidades básicas de saúde, sendo que uma está a 150 metros do local. Há também fácil acesso à Maternidade/Hospital Frei Damião e ao Hospital Infantil Dr. João Soares. O entorno do empreendimento dispõe ainda de rede de energia elétrica, coleta pública de lixo, telefone e transporte público.

O residencial é dotado de 73 blocos, distribuídos em 10 condomínios que compõem as nove quadras residenciais. Cada bloco é composto por oito unidades habitacionais, sendo quatro no pavimento térreo e quatro no primeiro piso. As unidades possuem 41,44m2 de área privativa, composta de uma sala de estar/jantar, dois quartos, um banheiro social e cozinha/área de serviço. As medições de água e energia serão individualizadas por unidade. Também conta com infraestrutura básica de rede de abastecimento de água, rede de esgotamento sanitário, drenagem, pavimentação e energia elétrica/iluminação pública.

Perfil – Das 584 famílias que vão residir no Residencial Anayde Beiriz, 87,1%, ou seja, 444 imóveis estão em nome de mulheres como chefes de famílias e apenas 12,9%, isto é, 66 deles, em nome dos homens. Os demais são destinados a idosos e pessoas com necessidades especiais. Um total de 271 famílias tem até um salário mínimo como renda domiciliar, sendo 192 que recebem de um a dois salários mínimos, e outras 41 de dois a três mínimos.

Boa aceitação – A administradora de empresas e marketing Helly Kathariny, eleita sindica para o condomínio Anayde Beiriz I, disse que vai fazer de tudo para manter a organização e preservação do bloco. "Espero que todos sejam felizes e se conscientizem que devem manter o ambiente harmonioso e organizado”. Ela disse que está muito feliz e gostou do imóvel onde vai residir com dois filhos. "Gostei da estrutura do imóvel e, como síndica e habitante, tenho a preocupação de mantê-lo do jeito que vou receber”, destacou.

"Eu não gostei do imóvel. Amei”, disse o futuro sindico do condomínio Anayde Beiriz VI, Genival Ferreira da Silva. Ele vai residir em um apartamento térreo com filho e esposa. Morador da comunidade Mumbaba, no Distrito Industrial, Genival considerou o imóvel um luxo e disse que vai, junto aos vizinhos de bloco, fazer tudo para manter o imóvel do jeito que vai receber."Temos que procurar preservar, zelar, ter cuidado porque é nosso”, comentou.

O guarda municipal José Antonio da Silva, que vai residir no condomínio Anayde Beiriz VII com a esposa e um filho, disse que estava feliz porque faz 10 anos que tenta ter uma casa própria sem conseguir. "Moro em uma casa que pago R$ 200,00 de aluguel. Agora vou pagar menos que isso por um imóvel que é meu. Espero que seja tudo de bom pra mim e meus companheiros. Espero realmente que seja uma família que vai pra lá”, destacou.

O cadeirante e funcionário público aposentado, Antonio Francisco Sobrinho, depois que assinou o contrato disse que estava em estado de graça. "Depois de inscrito, em menos de um ano consegui o imóvel”, declarou. Ele vive hoje de aluguel em uma casa no bairro do Jardim Veneza, onde paga R$ 250,00. Pelo novo imóvel ele vai pagar R$ 70,00.

Contratos assinados com antecedência – Os novos habitantes do Residencial Anayde Beiriz assinaram os contratos dias 13, 14 e 15 deste mês, no salão panorâmico da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes. Antes, eles também tiveram três dias para conhecer in loco o condomínio e seu apartamento, cuja ordem foi sorteada com antecedência, no auditório Paulo Pontes da Fundação Espaço Cultural.

Durante a assinatura dos contratos, o setor de Gestão Educacional da Estação Cabo Branco montou um cronograma de atividades recreativas para envolver durante esses três dias as crianças que acompanharam as famílias no local. No residencial, vão residir 18 crianças em idade de creche; 18 em idade de pré-escola; 11 em fase de alfabetização (1 ao 4 ano); 166 do fundamental (5 ao 8 ano) e 29 do ensino fundamental especial. A meninada participou de atividades recreativas, assistiu a peças teatrais e oficinas de quadrinização.

PMJP homenageia poetisa paraibana – A professora e poetisa Anayde Beiriz viveu à frente do seu tempo na década de 20/30. Seu nome está ligado a História da Paraíba devido ao envolvimento amoroso com o advogado e político João Dantas que fazia oposição ao então governador João Pessoa. Depois de violento confronto político, chamado República de Princesa (município paraibano). ele acabou se refugiando em Recife e continuou se correspondendo com Anayde através de cartas. João Pessoa reagiu e mandou a polícia revistar as casas dos revoltosos e suspeitos em buscas de armas que pudessem ser utilizadas em uma revolta armada.

Um desses locais invadidos em julho de 1930 foi o escritório de João Dantas. Não foram encontradas armas, mas cartas e poemas de amor de Anayde. O jornal "A União” e a imprensa local publicou o conteúdo dessas cartas. Ao saber do ocorrido, João Dantas, acompanhado de um cunhado, entrou na Confeitaria Glória, no Recife, e disparou em João Pessoa. Criticada politicamente por razões morais e políticas, a professora sentiu-se acuada após o assassinato que causou comoção popular e abandonou sua residência, indo morar em um abrigo no Recife.

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