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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Vereador Zezinho Botafogo (PSB) homenageia músico e artista plástico Jairo Mozart nesta quarta-feira


O músico e artista plástico Jairo Mozart será homenageado com a Medalha ‘Cidade de João Pessoa’, nesta quarta-feira (17), às 16 horas, no Plenário da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). A propositura é do vereador Zezinho Botafogo (PSB), que considerou a homenagem justa e merecida pelo trabalho que o músico e artista vem realizando em Brasília (DF), onde reside atualmente, enaltecendo o nome da Paraíba e valorizando os seus bens culturais. Na ocasião, o homenageado fará saudação especial aos presentes com a apresentação do seu trabalho musical.

Músico, compositor, intérprete e artista plástico, paraibano natural de João Pessoa, Jairo Mozart tem mais de trinta anos de carreira artística, e reside há vários anos em Brasília. Começou seus estudos na Escola de Música Antenor Navarro (João Pessoa/PB), passando em seguida para o Curso de Extensão na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Participou de uma longa pesquisa sobre os ritmos deixados como herança da grande fusão cultural no Brasil Colônia e a Literatura de Cordel. Realizou oficinas de Percepção Musical, Rítmica e Literatura de Cordel em João Pessoa, na Fundação José Américo de Almeida, durante dois anos consecutivos, atendendo alunos do jardim de infância e ensino fundamental.

Em 2008, desenvolveu um treinamento com outros professores para levar a Literatura de Cordel às escolas do Vale do Urucaia, região noroeste de Minas Gerais. Cerca de 640 professores passaram pelo projeto, que tem o apoio do Roteiro Missão Cruls, do qual o artista é coordenador em Brasília. O foco é centrado em três vertentes: patrimônio, identidade e meio ambiente.

Em cada município pelo qual passa, Jairo Mozart ministra aulas e faz pesquisa de campo. O resultado é a produção de um cordel. O pesquisador já esteve em cidades como Chapada Gaúcha, Serra das Araras, Urucaia, Arinos, Buritis e no Distrito de Sagarana. Neste último, os habitantes não sabiam por que o lugar tinha aquele nome. Jairo refez o trajeto de Guimarães Rosa pelo local, e descobriu em seu levantamento que o autor mineiro havia escrito sete contos, mas quando publicou os reuniu em uma única obra. O nome vem da junção da palavra “saga” com o termo “ranã”, do tronco linguístico indígena macrogê, que significa “o que ficou”, resultando em “a saga do que ficou”. Como o livro ajudou a tornar conhecida a região para o restante do País, os moradores substituíram o antigo nome de Boi Preto por Sagarana.

A trajetória de Jairo Mozart como músico teve início em João Pessoa, ainda na década de 1960, em um dos antológicos festivais de música realizados no Teatro Santa Rosa, no qual apresentou a canção “O Sol se escondeu”, uma parceria sua com o compositor François Bezerra. Jairo também participou das reuniões do Jaguaribe Carne e do Movimento Musiclube.

As pesquisas do artista o levaram a fundar a Ong Aldear, e a gravar a primeira coletânea indígena do País, intitulada “Etnias”, com seis grupos diferentes de índios. Os CD’s foram gravados na língua nativa, em português e em inglês. Há registros em Kaiwá, Kaiapó, Xavante, Kamaiurá, Pankararu e Fulni-ô.

Sua discografia conta com 14 títulos. Fez apresentações musicais em vários estados brasileiros e no exterior. Musicou e fez direção de peças teatrais, participou de exposições com suas pinturas, e publicou cinco titulos de literatura de cordel. Atuou como produtor cultural de Raimundo Fagner, Juca Chaves e Cátia de França, tendo iniciado essa carreira em 1978.

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